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A Nova Família: Por Que os Pets Estão Ganhando Espaço nos Lares Modernos

Como cães e gatos se tornaram os companheiros preferidos em um mundo de mudanças culturais e sociais

Nos últimos anos, os pets têm ocupado um lugar especial nos lares e nos corações das pessoas. Essa mudança reflete um comportamento crescente: muitos estão optando por ter cães e gatos em vez de filhos. Essa transformação é impulsionada por mudanças no estilo de vida, fatores econômicos e uma nova visão sobre relações familiares.

O que está por trás dessa escolha?

  • 1. Custo de vida:
    Criar um filho envolve um investimento significativo em educação, saúde, alimentação, lazer e outras necessidades que acompanham o crescimento de uma criança. Já o custo de cuidar de um pet, apesar de crescente, ainda é mais acessível para a maioria das pessoas. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET), o mercado pet faturou R$ 41,9 bilhões em 2022, refletindo o quanto os tutores investem em seus animais.
  • 2. Estilo de vida urbano:
    Com o aumento da urbanização e a predominância de moradias menores, como apartamentos, os pets se mostram companheiros ideais para quem vive nas cidades. Cães e gatos oferecem companhia e afeto, mas demandam menos espaço e flexibilidade na rotina em comparação com a criação de filhos.
  • 3. Conexão emocional:
    Para muitas pessoas, os pets são mais do que animais de estimação – são membros da família. Eles proporcionam uma conexão emocional única, ajudam a reduzir o estresse e tornam o dia a dia mais leve. Além disso, a relação com os animais pode ser uma fonte de conforto e estabilidade, especialmente para quem vive sozinho ou tem uma rotina agitada.

A crescente demanda por médicos veterinários qualificados

Com o aumento da quantidade de pets nos lares, surge também uma demanda crescente por cuidados especializados. Os donos estão cada vez mais atentos à saúde e bem-estar de seus animais, buscando serviços veterinários de qualidade para garantir que seus companheiros de quatro patas tenham a melhor saúde possível. Essa necessidade reforça a importância de médicos veterinários qualificados, que possam lidar com as condições de saúde mais complexas e também oferecer aconselhamento adequado sobre nutrição, comportamento e prevenção de doenças.

A formação contínua e a especialização são essenciais para atender a essa demanda. Por isso, programas de pós-graduação em áreas como Dermatologia, Clínica Médica de Pequenos Animais, Clínica Médica de Felinos e Endocrinologia, Diagnóstico de Imagem e Neurologia têm ganhado destaque, preparando os profissionais para enfrentar os desafios e inovações do setor.

Para quem busca se qualificar, a pós-graduação semipresencial da Equalis oferece uma excelente oportunidade para expandir seus conhecimentos na prática. Confira mais informações aqui ou explore a opção de pós-graduação EAD para quem busca flexibilidade e ensino de alta qualidade aqui.

Um reflexo da sociedade moderna

Essa tendência também está relacionada à mudança nas prioridades e na visão de futuro. Segundo o Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA), a taxa de fecundidade no Brasil caiu de seis filhos por mulher na década de 1960 para 1,7 atualmente, bem abaixo da média mundial de 2,4. Isso demonstra que as famílias estão menores, e os pets frequentemente preenchem o espaço emocional antes ocupado por filhos.

O impacto no mercado e na cultura pet

Com mais pessoas escolhendo ter animais de estimação, o mercado pet tem se transformado para atender a essa demanda. Além de itens básicos, como rações e medicamentos, há uma explosão de produtos e serviços premium: brinquedos, roupas, spas, hotéis especializados e até planos de saúde para pets. Essa valorização dos animais reflete a importância que eles assumiram na vida moderna.

Uma nova forma de amar

Seja em lares grandes ou pequenos, os pets têm mostrado que o amor e a parceria que oferecem são incondicionais. Eles não substituem os filhos, mas ocupam um espaço único nas famílias contemporâneas, representando o carinho, o cuidado e a conexão que buscamos no dia a dia.

E você? Como seus pets transformaram a sua rotina e trouxeram alegria para o seu lar? Compartilhe sua experiência e celebre esse vínculo especial!

 

Referências

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Foliculite Furunculose do Bull Terrier: Relato de Caso

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE TECNOLOGIA DE CURITIBA – UNIFATEC-PR

Curso de Pós-Graduação em Dermatologia Veterinária
Autora: Juliana Aparecida do Carmo Emidio Moreira da Silva
Orientadora: Profa. Dra. Yumi Sheu
Local: São Paulo / SP, 2024


Resumo

Este estudo relata o caso clínico de uma cadela Bull Terrier, de 8 anos, diagnosticada com foliculite furunculose. Acredita-se que a patologia esteja associada a uma predisposição genética e imunodeficiência dos linfócitos T. O diagnóstico foi realizado através de anamnese, exame físico e citológico. O tratamento incluiu antibioticoterapia, anti-inflamatórios e terapias tópicas. A paciente respondeu positivamente ao tratamento, apresentando remissão das lesões e recuperação da pelagem nas áreas afetadas.

Palavras-chave: Piodermite profunda, Bull Terrier, Antibiótico, Ciclosporina.


Introdução

A foliculite furunculose é uma condição dermatológica caracterizada por infecção bacteriana que afeta camadas profundas do folículo piloso, podendo evoluir para furunculose com formação de fístulas e exsudato purulento. Os agentes mais comuns incluem Staphylococcus pseudintermedius e, em casos graves, bactérias gram-negativas. Esta condição é frequentemente descrita em raças como Bull Terrier e Pastor Alemão, com predisposição genética e imunodeficiência celular como fatores contribuintes.


Revisão de Literatura

O que é Foliculite Furunculose?

Trata-se de uma piodermite profunda que envolve inflamação do folículo piloso, evoluindo para furunculose e formação de fístulas. As lesões podem apresentar alopecia, prurido, crostas, hiperpigmentação e odor fétido. Estudos apontam predisposição genética e imunodeficiência celular como fatores principais.

Diagnóstico

O diagnóstico baseia-se em anamnese, exame clínico e citologia, que revela processo inflamatório com neutrófilos e bactérias. Exames complementares, como hemograma e biopsia, ajudam a excluir outras condições.

Tratamento

Inclui antibioticoterapia de longo prazo, imunossupressores como ciclosporina e tratamento tópico com xampu à base de clorexidina. Hidratantes também são recomendados para reduzir o ressecamento.


Relato de Caso

Apresentação do Paciente

Cadela Bull Terrier, 8 anos, com lesões dermatológicas crônicas de 4 anos, incluindo alopecia, pápulas, crostas e prurido moderado. Exames hematológicos revelaram linfopenia discreta e aumento da fosfatase alcalina (1195 U.I./L). Ultrassom mostrou alterações hepáticas e nefropatia crônica.

Tratamento Instituído

  • Antibiótico: Amoxicilina + clavulanato de potássio (22 mg/kg, BID, por 60 dias).
  • Imunossupressor: Ciclosporina (5 mg/kg, SID, por 60 dias).
  • Anti-inflamatório: Prednisolona (0,5 mg/kg, BID, por 7 dias).
  • Terapia Tópica: Xampu à base de clorexidina 3%, 2x por semana.
  • Hidratante: Humilac spray, aplicado após banhos.

Resultados

Após 30 dias, houve melhora nas lesões e redução do eritema. Com 70 dias, a pele apresentava sinais de repilação. Episódios de vômito associados à ciclosporina foram controlados com omeprazol (1 mg/kg, BID).


Discussão

Os achados clínicos e citológicos corroboram a literatura sobre foliculite furunculose. A combinação de antibioticoterapia prolongada, ciclosporina e tratamentos tópicos mostrou-se eficaz. O manejo dos efeitos colaterais foi essencial para o sucesso do tratamento.


Considerações Finais

O sucesso do tratamento dependeu do comprometimento da tutora e do acompanhamento regular. A foliculite furunculose exige abordagem multidisciplinar e personalizada, destacando a importância do alinhamento entre tutor e veterinário.


Referências

  • Bannoer, J., et al. Population Genetic Structure of the Staphylococcus intermedius Group. Journal of Bacteriology, 2007.
  • Koo, J., Lee, J. Cyclosporine: What Clinicians Need to Know? Dermatology Clinics, 1995.
  • Larsson, C. E., Lucas, R. Tratado de Medicina Externa: Dermatologia Veterinária. 2020.
  • Loeffler, A., Corbb, M. A., Bond, R. Comparison of a Chlorhexidine and a Benzoyl Peroxide Shampoo. The Veterinary Record, 2011.

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Sarna Demodécica Generalizada em Cão da Raça Buldogue Francês: Relato de Caso

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE TECNOLOGIA DE CURITIBA – UNIFATEC-PR

Curso de Pós-Graduação em Dermatologia Veterinária

Autora: Karolyne Sandy Moreira Assis
Orientador: Prof. Leonardo Dourado da Costa
São Paulo / SP, 2024


Resumo

A sarna demodécica, também conhecida como demodiciose ou “sarna negra”, é uma dermatopatia inflamatória gerada pela proliferação excessiva do ácaro Demodex na pele dos cães. Essa condição é prevalente em cães de raça definida, especialmente filhotes. Este relato descreve o caso de um buldogue francês com sarna demodécica generalizada, destacando a eficácia do tratamento instituído.

Palavras-chave: Ácaro, Imunossupressão, Parasitológico.


Introdução

A demodicidose é causada pela multiplicação descontrolada de Demodex, ácaros que fazem parte da microbiota cutânea. Essa dermatopatia afeta principalmente cães jovens ou imunossuprimidos, podendo apresentar formas localizadas ou generalizadas. O diagnóstico definitivo exige exames complementares, e o tratamento varia conforme a gravidade.


Revisão de Literatura

Definição

Demodex é transmitido nas primeiras horas de vida pelo contato com a mãe. A doença pode se manifestar de forma localizada ou generalizada, sendo mais comum em raças de pelagem curta.

Manifestações Clínicas

  • Forma Localizada: Lesões focais, sem prurido.
  • Forma Generalizada: Acometimento amplo com alopecia, eritema, crostas e pústulas.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico é confirmado por raspado cutâneo. Os tratamentos incluem antiparasitários tópicos e sistêmicos, como isoxazolinas e ivermectina.


Relato de Caso

Um buldogue francês de 5 meses foi atendido em clínica veterinária apresentando lesões eritematosas e pustulares. O diagnóstico de sarna demodécica generalizada foi confirmado por raspado cutâneo. O protocolo terapêutico incluiu:

  • Terapia tópica: Xampu manipulado à base de peróxido de benzoíla.
  • Terapia sistêmica: Ivermectina (0,5 mg/kg) e antipulgas (Bravecto®).
  • Antibioticoterapia: Benzilpenicilina mista para infecção bacteriana secundária.

Resultados

Após 30 dias, o cão apresentou melhora significativa, com redução do eritema e início de repilação. Após 90 dias, o paciente estava completamente recuperado, com exames negativos para Demodex.


Discussão

A sarna demodécica generalizada exige diagnóstico precoce e tratamento intensivo. O protocolo utilizado demonstrou eficácia, destacando a importância de terapias combinadas e acompanhamento rigoroso.


Considerações Finais

A sarna demodécica, embora comum, pode ser confundida com outras dermatopatias. Exames complementares são essenciais para diagnóstico e manejo eficaz, garantindo a recuperação completa do paciente.


Referências

  • Braga, T. K. E., et al. “Uso de afoxolaner no tratamento da demodiciose.”
  • Harvey, R. G., McKeever, P. J. Manual colorido de dermatologia do cão e do gato.
  • Larsson, C. E., Lucas, R. “Tratado de medicina externa.”
  • Silva, R. P. B., et al. “Sarna demodécica canina e suas perspectivas de tratamento.”

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Dermatofitose em Cães e Gatos: Relatos de Um Cão e Um Gato

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE TECNOLOGIA DE CURITIBA – UNIFATEC-PR

Curso de Pós-Graduação em Dermatologia Veterinária

Luiza Gianechini Senra
São Paulo / SP
2024


Introdução

A dermatofitose é uma infecção fúngica superficial de grande relevância tanto na medicina veterinária quanto na saúde pública, devido à sua capacidade zoonótica, ou seja, de ser transmitida de animais para humanos. Causada por fungos como Microsporum canis e Trichophyton mentagrophytes, essa infecção utiliza a queratina da pele, unhas e pelos como fonte de nutrição, resultando em lesões características. Este trabalho busca analisar dois casos clínicos – um em um gato e outro em um cão – com ênfase em suas manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento, reforçando sua relevância como zoonose.


Revisão de Literatura

A dermatofitose é provocada por fungos dermatófitos, que utilizam a queratina como fonte de nutrição. A transmissão ocorre por contato direto com animais infectados, fômites ou solo contaminado. Em animais jovens, a imunidade reduzida aumenta a susceptibilidade. O diagnóstico inclui a utilização da lâmpada de Wood, tricograma, citologia e cultura fúngica. O tratamento combina terapias tópicas e sistêmicas para garantir a eficácia.


Relato de Casos

Caso 1: Gato

Um gato macho de 3 meses foi resgatado com lesões alopécicas e eritematosas. O diagnóstico foi confirmado por lâmpada de Wood e citologia. Tratado com itraconazol (10 mg/kg) e xampu de miconazol/clorexidina, alcançou cura após 2 meses. A tutora também contraiu dermatofitose, sendo rapidamente tratada.

Caso 2: Cão

Uma cadela de 2 meses apresentava lesões circulares e crostas melicéricas. O diagnóstico foi feito com citologia. Tratada apenas com xampu tópico, a cura foi alcançada após 6 meses. A tutora contraiu a doença, mas se recuperou rapidamente com o tratamento.


Discussão

Os casos relatados destacam a importância de diagnósticos precisos e terapias adequadas para a dermatofitose. O uso de tratamentos combinados demonstrou maior eficácia, enquanto a relevância zoonótica sublinha a necessidade de conscientização para prevenção.


Considerações Finais

A dermatofitose, embora de baixa prevalência, é uma condição de grande impacto na saúde animal e pública. Este estudo reforça a necessidade de manejo criterioso baseado em evidências para garantir resultados clínicos eficazes.


Referências

  1. Ceconi, J. E., et al. Avaliação dos tratamentos farmacológicos para dermatofitoses em animais de companhia. Pubvet, 2018.
  2. Macedo, C. M., et al. Dermatofitose em cães e gatos. Veterinária e Zootecnia, 2021.
  3. Ribeiro, S. M. M. Ocorrência de dermatofitose em caninos e felinos. Pará, 2019.

Nota Final: 9,0
Orientador(a): MSc. Liege Teixeira
Data de Aprovação: 11/10/2024

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