Exames complementares laboratoriais – Importância para conclusão diagnóstica: Relato de caso. Leucemia Viral Felina em felino doméstico (Felis catus)
Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais
Exames de sangue começaram a ser utilizados em animais muito mais para pesquisas humanas do que para conhecer a fisiologia animal. Em animais os exames laboratoriais começaram a ser utilizados em cães e gatos com o propósito de diagnosticar doenças e avaliar o sucesso no tratamento de algumas enfermidades. A necessidade do Médico Veterinário em obter exames complementares para o auxilio no diagnóstico de uma suspeita clínica está cada dia mais presente, através deles confirma-se e complementa-se essa suspeita. Muitas clínicas e hospitais veterinários possuem seu próprio laboratório, outros ainda, dependem de laboratórios veterinários terceirizados para a realização de exames. Os principais tipos de exames feitos em clínicas, tanto para check-up, pré-operatório ou realmente para diagnóstico de alguma doença são: hemograma, urinálise, bioquímicos sanguíneos, dosagens hormonais, coproparasitológicos, microbiológicos, citológicos, líquidos cavitários, imunológicos, histopatológicos. A análise de sangue tornou-se muito importante, com o avanço nas pesquisas e da medicina veterinária, foi possível aprender que um simples hemograma pode dar muito mais informações do que se espera. Através dos exames laboratoriais possibilita analisar se um animal possui anemia e qual é a sua causa; se há uma infecção bacteriana, viral ou fúngica; se o prognóstico de algumas doenças é bom ou ruim; se há desidratação; se é crônico, como uma neoplasia; entre outros. Com as informações resultantes dos exames, faz-se o diagnóstico preciso e o tratamento específico à afecção do animal, o que em muitos casos é o principal quesito para o sucesso de sua recuperação. Esta monografia descreverá os principais exames realizados em laboratório clínico veterinário, relatando um caso clínico de Leucemia Viral Felina em felino doméstico (Felis catus) na cidade de Curitiba onde pelos sinais clínicos, dentre elas alterações oftálmicas, suspeitou-se da doença, foram solicitados exames e através destes foi confirmada a existência da enfermidade. A FeLV é uma dessas doenças sendo possível ser confirmada através dos exames laboratoriais, onde em muitos casos sua confirmação e o motivo de sua descoberta baseia-se no histórico clínico e na detecção da proteína do núcleo capsídeo do FeLV nos leucócitos, plasma, soro, saliva ou lágrima dos animais suspeitos. O diagnóstico de animais infectados, isolando-os e impedindo seu contato com animais susceptíveis é a forma mais efetiva de controle. O tratamento sintomático e contra as infecções secundárias deve ser realizado para melhorar o quadro clínico do animal. Concluiu-se uma doença grave, presente em muitos animais o qual a vacinação não é totalmente eficaz.