Lúpus eritematoso na espécie canina: Revisão de literatura
Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica de Pequenos Animais
Este trabalho descreve, através de revisão de literatura, o lúpus eritematoso, que é uma doença imunomediada que pode apresentar-se de duas maneiras: uma forma localizada com apenas sinais cutâneos (lúpus eritematoso discóide – LED) e uma apresentação multissistêmica, com vários órgãos e tecidos afetados (lúpus eritematoso sistêmico – LES). Em ambas as formas, as lesões cutâneas com vesículas, úlceras e crostas são comuns e atingem principalmente a face e junções mucocutâneas. No LES, além das lesões dermatológicas, vários sistemas poderão ser afetados, como o hematopoiético, esquelético, renal, respiratório e neurológico. O diagnóstico do lúpus baseia-se no conjunto de informações obtidas por meio da anamnese, exame físico e exames complementares. Contudo, o diagnóstico definitivo é estabelecido apenas após o descarte de todos os diagnósticos diferenciais. O tratamento inclui terapia imunossupressora tópica e sistêmica afim de evitar-se a progressão da doença; porém não há cura, sendo que a terapia de manutenção deverá ser feita por toda a vida do animal. O prognóstico para o LED parece ser melhor por não haver envolvimento sistêmico, enquanto que nos casos de LES o prognóstico é incerto e dependerá de quais sistemas orgânicos estão afetados e da resposta individual ao tratamento.