Doença Inflamatória Intestinal Crônica Felina: Revisão de Literatura
Monografia apresentada na Pós Graduação Veterinária em Clínica Médica de Felinos
A Doença Intestinal Inflamatória Crônica Felina é comumente diagnosticada, porém sua etiologia ainda não é totalmente compreendida. É caracterizada por sinais gastrintestinais inespecíficos, como diarreia, perda de peso, anorexia e, principalmente, vômito. Ocorre um infiltrado de células inflamatórias na mucosa e submucosa do intestino, sendo que o diagnóstico mais frequente em felinos é o de enterite ou colite linfoplasmocitária, dado o grande número de linfócitos e plasmócitos que invade a mucosa intestinal. É um diagnóstico de exclusão, devendo-se descartar todas as outras causas potenciais de êmese e/ou diarreia nos gatos.
O diagnóstico definitivo é somente confirmado por meio de histopatologia, obtido por meio de biópsia da mucosa intestinal, por endoscopia ou laparotomia. Para tanto, é fundamental a utilização das técnicas adequadas para coleta de amostras, além da presença de um patologista experiente. Deve-se ressaltar a dificuldade na diferenciação histológica entre DIIF e linfoma, principalmente quando em sua fase inicial. O tratamento deve associar a terapia farmacológica à dietética.
As drogas mais comumente utilizadas são as anti-inflamatórias e imunossupressoras, principalmente os corticoides. Já a terapia dietética depende da localização da lesão, e dietas hipoalergênicas ou com alto teor de fibras têm mostrado resultados muito favoráveis, assim como a suplementação parenteral de cobalamina. O prognóstico é bastante variável, e o proprietário deve ser informado de que a resposta terapêutica não significa a cura do animal, e que recidivas são comuns.