Melanomas orais em cães: Relato de caso
Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais
A cavidade oral é bastante acometida por neoplasias e, dentre elas, o melanoma é o tumor maligno mais comum. Esta neoplasia afeta principalmente cães, sendo rara em gatos. O melanoma afeta animais de meia idade a idosos, não tem predileção por sexo e tem incidência maior em algumas raças como o cocker spaniel, poodle, pastor alemão e boxer. Possuem, ainda, etiologia desconhecida e geralmente apresentam metástases locais, regionais e sistêmicas, pois são bastante agressivos. Os sinais clínicos são variados, e podem incluir: sialorreia, halitose, sangramentos orais e hiporexia. Os exames diagnósticos mais empregados incluem citologia, histologia e radiografias de tórax e cabeça. O diagnóstico definitivo é confirmado pelos exames histológicos. Devido ao caráter invasivo e da alta incidência de metástase, a cirurgia dificilmente é curativa. Por este motivo, os melanomas apresentam prognóstico considerado de reservado a ruim. Este trabalho visa apresentar um relato de caso e uma revisão de literatura abordando os melanomas orais em cães, com ênfase nas formas de diagnóstico e tratamento. Por ser uma neoplasia de ocorrência frequente, mas de tratamento ineficaz, é importante que mais estudos sobre o tema sejam desenvolvidos. As pesquisas devem focar a etiologia da doença e a busca por terapias efetivas para que o maior conhecimento adquirido melhore o prognóstico da doença.