Hipersensibilidade alimentar em cães: Revisão de literatura

Hipersensibilidade alimentar em cães: Revisão de literatura

Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica de Pequenos Animais

Pesquisas atuais tem mostrado que a alimentação de cães apresenta cada vez mais importância na qualidade de vida e controle de algumas doenças.A proposta deste trabalho foi fazer uma revisão de literatura sobre hipersensibilidade alimentar em cães, a etiologia, os sintomas, as diversas formas de tratamentos específicos, em especial os tipos de rações e uma comparação com as rações existentes no mercado. Sendo a escolha da ração com proteína diferenciada a peça chave no tratamento.

Fungos em amostras oculares de caninos da cidade do Recife

Fungos em amostras oculares de caninos da cidade do Recife

Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica de Pequenos Animais

Objetivando conhecer a prevalência de fungos em amostras intra e extraoculares de caninos foi realizado um estudo transversal prospectivo em 52 animais errantes apreendidos pelo Centro de Vigilância Ambiental (CVA) da cidade do Recife. As amostras foram coletadas nos animais imediatamente após a eutanásia, sendo realizadas esfoliações da conjuntiva e córnea com escova ginecológica e punções separadas dos humores vítreo e aquoso, totalizando 156 amostras. O material procedente da conjuntiva foi semeado nos meios Agar Sabouraud adicionado de cloranfenicol (100 mg/l) e Mycosel® e as amostras dos humores vítreo e aquoso foram transferidas para os meios Agar Infusão de Cérebro-Coração (BHI) e Agar Sabouraud adicionado de cloranfenicol (100 mg/l). Na população analisada 27 (51.92 %) dos animais apresentavam sinais clínicos de doença ocular e 25 (48.08.%) encontravam-se assintomático. Foram isoladas espécies fúngicas em 21 animais (44,38%), sendo obtidos 15 isolados de leveduras e 06 de fungos filamentosos. A espécie Malassezia pachydermatis foi o fungo detectado em 57,14% dos animais positivos, sendo isolada em 07 dos cães assintomáticos e 05 dos cães com sintomatologia, considerando amostragens realizadas da conjuntiva e humor vítreo e aquoso. O isolamento de espécies fúngicas reconhecidamente causadoras de patologias oculares no humor vítreo em animais sintomático, indica a necessidade da inclusão do diagnóstico micológico, visando esclarecer a etiologia fúngica de uveítes em caninos, favorecendo desta forma a adoção de uma terapêutica mais especifica e eficaz no tratamento dessas enfermidades oculares.

Tumor venéreo transmissível (TVT): Relato de um caso clínico

Tumor venéreo transmissível (TVT): Relato de um caso clínico

Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica de Pequenos Animais

O tumor venéreo transmissível canino (TVT) é uma neoplasia com transmissão venérea ou por lambedura, sendo o acasalamento a forma de disseminação da doença mais frequente em
cães. Ocorre a maior prevalência naqueles que vivem em áreas de grandes populações de animais. A genitália do macho e da fêmea são atingidas, não obstante pode se manifestar de
forma extra-genital pelo fato de cheirar ou lamber. Ocasionalmente ocorre metástase para linfonodos inguinais e órgãos abdominais. A lesão tumoral pode ser hemorrágica ou no
formato de couve-flor, com tratamento quimioterápico com vincristina. Este trabalho apresentou um caso clínico típico referente a uma cadela moradora das ruas de São Leopoldo,
município da grande Porto Alegre (RS), retirada para tratamento no Canil Municipal da cidade referida. A partir do diagnóstico do TVT, seguiu-se o protocolo padrão de atendimento. Após seis semanas de tratamento quimioterápico e cirurgia de castração, a cadela apresentou regressão da patologia, apresentando-se como um caso típico para estudo e pesquisa.

 

Leishmaniose na Clínica Veterinária

Fisiopatologia da hipertensão arterial sistêmica em cães: Revisão de literatura

Fisiopatologia da hipertensão arterial sistêmica em cães: Revisão de literatura

Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é definida como o aumento constante da pressão sanguínea arterial. A medição da pressão arterial (PA) é um método importante na avaliação do sistema cardiovascular, e pode ser influenciada por fatores físicos como o meio ambiente, condições patológicas e uso de alguns medicamentos. A hipertensão arterial se configura com uma das causas mais comuns de morbidade e mortalidade na medicina humana, na medicina veterinária, devido a aferição da pressão arterial não ser rotina diária na clínica médica de pequenos animais , estamos em processo de estudo sobre o seu diagnóstico e sua compreensão. Outro fator importante é que não há registros de parâmetros normais em pequenos animais, com relação à raça, sexo ou idade, os quais favoreceriam a melhor identificação dos problemas. O principal objetivo da manutenção da PA dentro de determinados valores em animais saudáveis é garantir a perfusão dos tecidos, garantindo desta forma a oxigenação, entrega de nutrientes e remoção de produtos tóxicos a nível celular. As técnicas empregadas na medição da pressão arterial correspondem a forma invasiva ou direta e as formas não invasivas ou indiretas. O objetivo desse trabalho é traçar um parâmetro para avaliação da pressão arterial sistêmica em cães em processo de doença.

Avaliação do processo de beneficiamento dos subprodutos não comestíveis nos abatedouros municipais de Teresina/PI

Avaliação do processo de beneficiamento dos subprodutos não comestíveis nos abatedouros municipais de Teresina/PI

Monografia apresentada na Pós-Graduação em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal

O beneficiamento dos subprodutos não-comestíveis resultantes do abate inicia-se na sala de matança de um estabelecimento de abate, com os cuidados com a matéria prima, constituindo-se os procedimentos preliminares nos aspectos: higiene na obtenção, seleção e condição de armazenamento. Esses subprodutos a medida que evolui o abate, são destinados para as dependências beneficiadoras de subprodutos não-comestíveis, que são denominadas de graxaria, dependência esta que fica separada totalmente da sala de abate, onde aí será feito o processamento tecnológico de todo o fluxograma operacional até a obtenção do produto final e estocagem.

Exames complementares laboratoriais – Importância para conclusão diagnóstica: Relato de caso. Leucemia Viral Felina em felino doméstico (Felis catus)

Exames complementares laboratoriais – Importância para conclusão diagnóstica: Relato de caso. Leucemia Viral Felina em felino doméstico (Felis catus)

Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais

Exames de sangue começaram a ser utilizados em animais muito mais para pesquisas humanas do que para conhecer a fisiologia animal. Em animais os exames laboratoriais começaram a ser utilizados em cães e gatos com o propósito de diagnosticar doenças e avaliar o sucesso no tratamento de algumas enfermidades. A necessidade do Médico Veterinário em obter exames complementares para o auxilio no diagnóstico de uma suspeita clínica está cada dia mais presente, através deles confirma-se e complementa-se essa suspeita. Muitas clínicas e hospitais veterinários possuem seu próprio laboratório, outros ainda, dependem de laboratórios veterinários terceirizados para a realização de exames. Os principais tipos de exames feitos em clínicas, tanto para check-up, pré-operatório ou realmente para diagnóstico de alguma doença são: hemograma, urinálise, bioquímicos sanguíneos, dosagens hormonais, coproparasitológicos, microbiológicos, citológicos, líquidos cavitários, imunológicos, histopatológicos. A análise de sangue tornou-se muito importante, com o avanço nas pesquisas e da medicina veterinária, foi possível aprender que um simples hemograma pode dar muito mais informações do que se espera. Através dos exames laboratoriais possibilita analisar se um animal possui anemia e qual é a sua causa; se há uma infecção bacteriana, viral ou fúngica; se o prognóstico de algumas doenças é bom ou ruim; se há desidratação; se é crônico, como uma neoplasia; entre outros. Com as informações resultantes dos exames, faz-se o diagnóstico preciso e o tratamento específico à afecção do animal, o que em muitos casos é o principal quesito para o sucesso de sua recuperação. Esta monografia descreverá os principais exames realizados em laboratório clínico veterinário, relatando um caso clínico de Leucemia Viral Felina em felino doméstico (Felis catus) na cidade de Curitiba onde pelos sinais clínicos, dentre elas alterações oftálmicas, suspeitou-se da doença, foram solicitados exames e através destes foi confirmada a existência da enfermidade. A FeLV é uma dessas doenças sendo possível ser confirmada através dos exames laboratoriais, onde em muitos casos sua confirmação e o motivo de sua descoberta baseia-se no histórico clínico e na detecção da proteína do núcleo capsídeo do FeLV nos leucócitos, plasma, soro, saliva ou lágrima dos animais suspeitos. O diagnóstico de animais infectados, isolando-os e impedindo seu contato com animais susceptíveis é a forma mais efetiva de controle. O tratamento sintomático e contra as infecções secundárias deve ser realizado para melhorar o quadro clínico do animal. Concluiu-se uma doença grave, presente em muitos animais o qual a vacinação não é totalmente eficaz.

Esporotricose felina: Primeiro relato de caso no município de Ortigueira/PR

Esporotricose felina: Primeiro relato de caso no município de Ortigueira/PR

Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais

A esporotricose é uma micose subcutânea e zoonótica causada pelo Sporothrix schenckii sendo que os felino doméstico com esporotricose representam um papel importante na transmissão do S. schenckii para outros animais assim como para o homem, sendo considerada uma doença de interesse em saúde pública. O presente trabalho objetivou descrever a ocorrência de 7 casos de esporotricose felina diagnosticados no município de Ortigueria/Paraná no ano de 2015 onde os animais apresentavam lesões cutâneas circulares elevadas ulceradas e crostosas principalmente na face, espelho nasal, pavilhão auricular, assim como lesões distribuídas pelo corpo. O diagnóstico foi realizado por meio de exame histopatológico dos gatos atendidos no Consultório 4 Patas e por avaliação clínica dos atendidos no Centro de Controle Populacional de Cães e Gatos. O tratamento instituído foi com itraconazol, havendo remissão das lesões e cura. Diante da ocorrência destes e outros casos e em função de se tratar de zoonose foi instituído companha de conscientização sobre a doença no município.

 

Cardiologia Veterinária

Erliquiose canina: Relato de caso

Erliquiose canina: Relato de caso

Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais

O presente trabalho teve como objetivo fazer uma breve revisão sobre erliquiose no Brasil e relatar um caso clínico do cão atendido em uma clínica Veterinária na cidade de Cajati, São Paulo, no ano de 2013. Optou-se por este tema devido ao crescente número de casos no Brasil, principalmente em regiões de clima quente. A erliquiose é uma doença infecciosa de fase aguda, subaguda ou crônica é transmitida pelo carrapato infectado pelo agente etiológico Ehrlichia canis que acomete os cães. A doença é considerada uma zoonose grave, com grande potencial de infecção humana, as evidências sugerem que a erliquiose humana não é transmitida diretamente pelos cães, mas por um vetor. Portanto o conhecimento desta doença assume uma importância primordial para diagnóstico clínico preciso e tratamento específico, levando em consideração o bem estar animal e humano, tendo em vista o potencial zoonótico desta doença.

Shunt extra-hepático: Relato de caso

Shunt extra-hepático: Relato de caso

Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica de Pequenos Animais

O shunt portossistêmico ou desvio portossistêmico (DPS) são comunicações vasculares únicas ou múltiplas entre a circulação sistêmica e a circulação portal, que permite que o sangue portal chegue ao sistema circulatório sem antes passar pela metabolização hepática. Podem ser adquiridos ou congênitos e também podem ser classificados como intra-hepático localizado dentro do fígado, ou extra-hepático, localizado fora do parênquima hepático. A forma adquirida normalmente está associada com distúrbios intra-hepáticos. Eles normalmente sugerem vasos tortuosos que se comunicam com a veia cava caudal na região do rim esquerdo. A forma congênita está associada à genética e uma das linhagens mais acometidas é a raça maltês.Os cães miniaturas são mais comumente acometidos por essa afecção. O presente relato de caso descreve o diagnóstico e tratamento de um cão maltês de nove meses de idade com Shunt portossistêmico extra-hepático diagnosticado por tomografia computadorizada. O paciente apresentava êmese com evolução de seis meses e após ingerir uma dieta hiperproteica apresentou sinais de encefalopatia hepática. Exames complementares constataram: ácidos biliares efosfatase alcalina (FA) aumentadas e hipoalbuminemia. A ultra-sonografia revelou apenas a presença de microhepatia. Na tomografia computadorizada visualizou-se uma estrutura vascular anômala de grande calibre em topografia epigástrica central, adjacente à menor curvatura do estômago, identificando o vaso anômalo. O animal foi submetido ao tratamento cirúrgico para colocação do anel ameroide.

Ependimoma em felinos: Relato de caso

Ependimoma em felinos: Relato de caso

Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica de Felinos

Tumores intracranianos representam a principal causa de disfunção neurológica em animais de meia idade a idosos. Neoplasias primárias do sistema nervoso central são menos frequentes que o acometimento secundário, por extensão tumoral ou lesões metastáticas. O objetivo dessa revisão foi detalhar os aspectos clínico-patológicos de uma dessas neoplasias, o ependimoma, e um relato de caso. O ependimoma é uma das neoplasias intra-axiais mais comuns. Os sinais clínicos decorrentes de neoplasias intracranianas dependem da localização, extensão e taxa de crescimento da neoformação. No ependimoma, hidrocefalia, ataxia e cegueira podem ocorrer. Sinais vestibulares são mais frequentes. O diagnóstico definitivo desta neoplasia só é possível após o exame histopatológico do tecido tumoral, no entanto a suspeita clínica pode ser obtida a partir do exame clínico e dos exames de imagem, com destaque para a tomografia computadorizada e ressonância magnética. O prognóstico de felinos com neoplasias intracranianas é significativamente alterado a partir do tratamento com cirurgia, radioterapia e quimioterapia, utilizadas isoladamente ou em combinação. No entanto, o elevado custo de implantação da radioterapia e a morbidade e a mortalidade associadas à neurocirurgia limitam a biopsia e o tratamento cirúrgico as centros veterinários que disponham de alta qualificação e técnicas avançadas de anestesias e cuidados intensivos.