Enucleação em paciente felino (Felis catus)
O olho é um órgão bastante complexo, sendo este que permite detectar a luz e transformar essa percepção em impulsos elétricos que são enviados até o cérebro. Sendo assim é de grande importância o conhecimento anatômico e sua fisiologia. Neste trabalho será realizada uma revisão de literatura da anatomia do olho e suas estruturas, assim como um relato de caso de um gato, o qual foi realizado enucleação transpalpebral devido a um trauma automobilístico que comprometeu a função de seu olho direito, assim como reconstrução da sínfise mentoniana, reposicionamento da mandíbula e orquiectomia. Houve recuperação completa do animal, mantendo uma boa qualidade de vida.
Disfunção cognitiva em cães: Revisão de literatura
A Disfunção Cognitiva Canina (DCC) é uma doença caracterizada por processos degenerativos encefálicos que podem ou não estarem associados com outras doenças, sendo que esta apresenta algumas similaridades com o mal de Alzheimer. A DCC em cães está associada a um declino na atividade física, onde os principais sintomas apresentados são desorientação, perda de adestramento e mudanças no ciclo circadiano. A principal forma de diagnosticar a DCC é por meio da exclusão de demais doenças, onde é importante ressaltar que animais com problemas médicos e/ou comportamentais, também podem apresentar a DCC simultaneamente. A DCC é diagnosticada principalmente em cães mais velhos com idade superior a nove anos. As principais mudanças morfofisiológicas encontradas são a atrofia cortical, aumento do tamanho dos ventrículos, diminuição da quantidade de neurônios e principalmente a redução de antioxidantes endógenos e o acúmulo de placas senis compostas por uma substância chamada β-amilóide, que se acumulam principalmente no hipocampo e no córtex frontal. O tratamento deve visar a melhoria dos sinais clínicos, bem como retardar o progresso da doença, onde a única droga disponível atualmente é a selegilina. Uma outra estratégia importante que deve ser usada no tratamento da DCC é o uso de uma dieta rica em antioxidantes. O tratamento deve ser iniciado o quanto antes para que os resultados sejam satisfatórios, havendo assim uma melhora na qualidade de vida do cão e de sua família.
Analisar a qualidade quanto aos aspectos físico-químicos e sensoriais do iogurte em bandeja em um laticínio no Recôncavo Baiano
O presente estudo teve como objetivo avaliar as características físico-químicas e sensoriais do iogurte em bandeja. O levantamento foi feito em laticínio no recôncavo baiano, onde avaliamos os registros referentes aos meses de janeiro a abril 2007 em três etapas no decorrer do seu período de validade: 1º, 25º e 45º dia após a sua fabricação. Os resultados de pH e acidez não demonstraram diferenças significativas. Ocorreu aumento na acidez e redução de pH em todos os meses avaliados. A média de pH variou de 4,1 e 3,88 e acidez titulável de 0,74 a 0,84. Quanto à avaliação sensorial nos três períodos avaliados mais de 90% das amostras apresentaram textura arenosa, e 100% com consistência aceitável. No 25º dia 25% apresentaram sabor ácido e 15% estragado, com 45 dias 33,3% tinha sabor ácido e 41,7% estragado. 50% das amostras foram reprovadas no último dia de validade. Com base nos resultados, as amostras analisadas encontraram-se fora dos padrões estabelecidos. Concluiu-se que um controle mais rigoroso desde a obtenção da matéria-prima, processamento e armazenamento, faz-se necessário para garantir um produto com características organolépticas e qualidade para os consumidores.
Determinação da eficiência do projeto de controle populacional de animais errantes do município de Telêmaco Borba/PR
A implantação de medidas para controle populacional de animais se faz necessária, para tentar diminuir problemas decorrentes de elevado número de cães e gatos observados em vias públicas sem um tutor ou responsável, bem como prevenção de zoonoses que envolvem tais espécies, garantindo a proteção e incremento de bem-estar não só da população humana como também desses animais. O objetivo do presente estudo foi verificar a distribuição da população canina e felina e sua proporção em relação ao número de residências e habitantes no município de Telêmaco Borba, PR comparando os resultados obtidos com o recenseamento realizado em 2010 e relatar as atividades desenvolvidas para controle populacional, estabelecendo parâmetros.
Influência da mastite na qualidade do leite in natura: Revisão de literatura
A mastite é a doença infecciosa mais comum de bovinos leiteiros. Geralmente, é caracterizada de acordo com a origem do microrganismo. A mastite contagiosa é causada por bactérias que residem na glândula mamária das vacas, enquanto a mastite ambiental está associada a microrganismos presentes no meio ambiente. A ocorrência de um caso de mastite clínica causa prejuízos diretos para o produtor, visto que há necessidade de tratamento e descarte de leite com resíduos de antibióticos. A qualidade do leite in natura é influenciada por muitos fatores, como fatores zootécnicos associados ao manejo, alimentação, potencial genético de rebanhos, e fatores relacionados à obtenção e armazenamento do leite. Uma das causas que exerce influência extremamente prejudicial sobre a composição e características físico-químicas do leite é a mastite acompanhada por aumento na Contagem de Células Somáticas – CCS. A composição do leite, a atividade enzimática, o tempo de coagulação, a produtividade e a qualidade do leite e derivados lácteos são influenciados negativamente. É fundamental abordar este assunto neste trabalho já que a mastite é a doença infecciosa mais comum no gado leiteiro, que mais causa prejuízos em virtude da diminuição da produção, descarte do leite e até descarte da fêmea, bem como os medicamentos usados para o tratamento que deixam resíduos com graves conseqüências para indústria e problemas de saúde pública.
Complexo gengivite-estomatite-faringite dos felinos: Revisão de literatura
O complexo gengivite-estomatite-faringite (CGEF) é uma doença freqüente da cavidade oral dos felinos, caracterizada por intensa inflamação gengival, ulcerada ou ulceroproliferativa, com histórico de recidivas e muito mais severa do que as reações que normalmente se esperaria perante o progresso da doença periodontal. O CGEF é uma inflamação de caráter crônico, sendo classificado de acordo com as lesões e da caracterização histopatológica. A idade média dos animais acometidos é de oito anos de idade, variando entre três a quinze. As raças Persa, Abissínia, Siamesa, Himalaia e Birmanesa são descritas como tendo uma predisposição genética a este complexo, manifestando-se de forma mais severa do que nas demais. O sexo não tem relevância pois ambos são igualmente acometidos. É uma doença de patogenia ainda não elucidada, gerando assim um desafio para o médico veterinário, tanto no sentido de diagnóstico, bem como na escolha do melhor protocolo para seu paciente. O CGEF frequentemente é inconsistente aos tratamentos clínicos, sem que nenhum protocolo tenha se mostrado totalmente eficaz ou durador, pois os felinos apresentam uma resposta muito individual e variável. A extração de todos os dentes pré-molares e molares tem demonstrado os melhores resultados. Vários agentes são suspeitos de estarem associados no desenvolvimento da doença, como as bactérias, vírus, fatores nutricionais, condições ambientais e de manejo contribuem para instalação e manutenção do processo inflamatório oral. Tendo esta premissa, esta revisão de literatura busca ressaltar aspectos atuais sobre o CGEF, desde a abordagem clínica e formas de tratamento pois muitos elementos que o constituem permanecem ocultos.
Hipotireoidismo em cão da raça cocker spaniel: Relato de caso
Hipotireoidismo é uma endocrinopatia muito comum que é resultado da destruição irreversível da glândula tireóide, promovendo prejuízo na produção e na secreção dos hormônios tireoidianos diminuindo a taxa metabólica. O relato de caso é de um cão cocker spaniel, fêmea de cinco anos de idade, atendida no consultório veterinário Amigo Fiel – Joinville/SC. O animal apresentava obesidade, letargia e intolerância ao exercício. Apresentava expressão trágica (mixedema) e parecia prostrada. Foram realizados exames para mensurar T4, T4 livre e TSH, que
resultaram alterados (T4: 0,41 ng/dl, TSH: 0,03 ng/dl). A partir desses resultados, somados ao histórico do animal e aos sinais clínicos, chegou-se ao diagnóstico de hipotireoidismo. Instituiu-se o tratamento com T4 (levo- tiroxina) na dose de 0,025 mg/kg b.i.d. Na primeira semana, utilizou-se um quarto da dose anteriormente citada e na segunda semana a metade da dose. Após esse período, a paciente apresentava maior vivacidade, estava mais ativa e alerta, e sem a expressão trágica na face. Na terceira semana de tratamento ajustou-se a dose do T4 para a dose total
de 0,025mg/kg b.i.d de uso contínuo. O animal continua sendo acompanhado periodicamente.
Abordagem ao paciente no trauma: revisão de literatura
A terapia intensiva é uma área em ascensão e muitos clínicos querem aumentar seus conhecimentos no assunto para atender essa nova demanda. Tendo em vista auxiliar nessa busca por maiores conhecimentos na área, o presente trabalho procurou reunir informações recentes sobre a abordagem e tratamento do animal com traumatismo craniano. O trauma de crânio é uma condição bastante observada nas clínicas e muitas vezes esses animais são considerar, antes mesmo de serem socorridos. Com um atendimento rápido associado a uma avaliação bem feita e a um tratamento eficiente, boa parte dos pacientes consegue se recuperar. No pronto atendimento, primeiro se faz o ABC do trauma e correção de qualquer alteração destes sistemas para depois ser feita avaliação neurológica específica. O tratamento do sistema neurológico, inicialmente medicamentoso, tem por objetivo diminuir o edema cerebral e consequente aumento da pressão intracraniana. Caso não se consiga resultados, a cirurgia de crânio é uma chance de recuperação para esses pacientes. O prognóstico depende das condições neurológicas do animal, sendo muitas vezes de reservado a desfavorável. No entanto com um atendimento de qualidade e um tratamento adequado, muitos deles se recuperam.
Envolvimento zoonótico com Sporothrix schenckii: Relato de caso
A esporotricose é uma doença aguda, subaguda ou crônica causada pelo fungo Sporothrix schenckii, que acomete vários animais domésticos e o homem. Os felinos apresentam alto potencial zoonótico devido à grande quantidade de organismos fúngicos observados nas lesões e por carrearem o agente nas unhas e na cavidade oral, o que torna mais provável a transmissão a partir de gatos do que cães. A esporotricose é na maioria das vezes transmitida por mordedura ou arranhadura desses animais, mas pode também ocorrer por risco ocupacional dos trabalhadores. A doença é considerada uma zoonose e os índices de transmissão de felinos infectados para o homem vêm crescendo nestes últimos anos. Assim o trabalho teve por objetivo relatar um caso de esporotricose com envolvimento zoonótico, onde ocorreu a transmissão da micose de um felino doméstico para o proprietário através de arranhadura, salientando a importância do diagnóstico precoce para a instituição de medidas terapêuticas e profiláticas adequadas. Desta maneira a orientação adequada do Médico Veterinário para proprietários de animais infectados é extremamente importante para que sejam minimizados os riscos de contaminações.
Toxoplasmose humana e sua relação com alimentos e animais de companhia: Revisão de literatura
A toxoplasmose humana caracteriza-se por uma infecção de grande importância em saúde
pública. Esta doença pode provocar graves lesões sistêmicas, variando de sinais neurológicos,
ósteo-musculares, respiratórios a oculares, dentre outros. O hábito alimentar de consumo de
carnes e produtos de origem animal, crus ou mal cozidos tem grande importância na
epidemiologia da toxoplasmose. Os alimentos vegetais contaminados com oocistos e os de
origem animal, principalmente produtos suínos e ovinos com cistos, são os maiores
responsáveis pela infecção humana. Além destes alimentos, estão envolvidos, o solo
contaminado e roedores infectados, ingeridos parcial ou totalmente, como consequência dos
hábitos carnívoros exercidos pelos animais. O Toxoplasma gondii, agente etiológico da
toxoplasmose, tem o gato como hospedeiro definitivo, e o homem e outros animais como
hospedeiros intermediários. Embora o gato elimine os oocistos (formas infectantes) por
apenas 15 dias durante uma única vez em sua vida, quando primo-infectados com o
Toxoplasma gondii, estes oocistos liberados no ambiente podem permanecer no solo por
meses ou até anos em condições favoráveis de umidade, temperatura e incidência solar,
podendo contaminar as mais variadas espécies animais. O objetivo desta revisão é salientar a
necessidade dos hábitos de higiene com os alimentos, os quais estão em evidência na
transmissão da toxoplasmose.