Toxoplasmose felina: Revisão de literatura
A toxoplasmose trata-se de uma importante zoonose, causada pelo toxoplasma gondii, de grande interesse em saúde pública, homem pode adquirir a doença atravéz da ingestão de alimentos contaminados como carne crua ou mal cozida, hortaliças e por via transplacentária. Os felídeos são os hospedeiros definitivos eliminando o oocisto nas fezes. Este trabalho tem como objetivo demonstrar por meio de revisão literária alguns aspectos da toxoplasmose felina, como os sinais clínicos, e a importância da doença na saúde pública.
Toxoplasmose felina: Revisão de literatura
A toxoplasmose é uma zoonose causada pelo Toxoplasma gondii e de grande importância
para a saúde pública. O homem pode adquirir a doença através da ingestão de alimentos
contaminados como carne crua ou mal cozida, hortaliças, leite, além de transfusão sanguínea
e transplante de órgãos. Gestantes podem transmitir a toxoplasmose para o feto e, como
conseqüência, eles podem apresentar lesões severas, tal qual a hidrocefalia. Por sua vez, os
gatos estão cada vez mais presentes no cotidiano do homem, como animal de estimação. Uma
vez que os felinos são os hospedeiros definitivos do Toxoplasma gondii, eliminando oocistos
nas fezes, há o risco de contaminação do meio ambiente e propagação da infecção para os
seres humanos e outros animais domésticos. Este trabalho tem como objetivo demonstrar por
meio de revisão literária alguns aspectos da toxoplasmose felina, como os sinais clínicos,
potencial zoonótico e a importância da doença na saúde pública.
Pênfigo foliáceo: Relato de caso
Pênfigo foliáceo é uma dermatose com etiologia de caráter autoimune, considerado a forma mais comum do complexo pênfigo. O presente estudo visou relatar um caso de pênfigo foliáceo, acompanhado durante o período de 15 de março de 2011 até o dia 28 de novembro de 2012, de um cão. Este caso foi atendido no Centro Médico Veterinário (UNIMONTE-SANTOS-SP). O paciente apresentava como sinais clínicos: alopecia bilateral periocular, despigmentação de face interna de plano nasal, membros pélvicos com crostas melicéricas, edema em região inguinal bilateral, presença de pústulas e ulcerações crostosas com sangramento nos coxins palmo-plantares. No exame histopatológico foi diagnosticada dermatite autoimune compatível com Pênfigo Foliáceo. No início do tratamento foi utilizada a prednisona como imunossupressor, porém foi observado que o uso somente da prednisona, não estava obtendo bons resultados, então, optou-se por associá-la com a azatioprina. O retorno do paciente era realizado a cada vinte dias, sendo os exames solicitados a cada três meses para avaliação geral do paciente, devido aos riscos e efeitos colaterais das medicações imunossupressoras. Após um ano e oito meses de tratamento contínuo, houve uma melhora do quadro clínico do paciente e uma boa resposta do estado imune do mesmo. O ponto crítico do tratamento foi exposição do paciente aos efeitos colaterais, porém a associação medicamentosa permitiu ao paciente uma boa resposta ao tratamento, proporcionando uma melhor qualidade de vida e aumento da sobrevida. Assim que o tratamento evoluiu os efeitos colaterais se apresentaram menores no paciente e melhor foi sua atividade imune.
Hipotireoidismo canino: Revisão da literatura
A tireoide é a glândula endócrina mais importante na regulação do metabolismo animal e, para que os níveis de atividade metabólica no organismo sejam mantidos normais, a secreção de hormônios tireoidianos é contínua, possuindo mecanismos específicos de feedback que agem através do hipotálamo e da hipófise anterior para controlar a taxa de secreção tireoidiana. O hipotireoidismo é a doença endócrina que mais afeta os cães, tratando-se de um distúrbio multissistêmico, pois a deficiência de hormônios tireoidianos afeta todos os sistemas corporais, e ocorre devido ao desequilíbrio em qualquer parte do eixo hipotálamo-hipófise- tireoide. O tema deste estudo foi escolhido devido à importância do hipotireoidismo na clínica médica de cães, e este trabalho foi realizado através de uma revisão da literatura sobre o tema, com a pesquisa feita em livros, trabalhos universitários e artigos científicos, com o objetivo de reunir informações recentes sobre esta disfunção tireoidiana, com ênfase em novas descobertas sobre a etiologia desta doença.
Complexo granuloma eosinofílico felino: Relato de caso
O complexo granuloma eosinofílico felino compreende três tipos de lesões: úlceras indolentes, placas eosinofílicas e granuloma eosinofílico. Estudos demonstram que pode ser desencadeado por hipersensibilidade alérgica, agentes infecciosos, fatores genéticos e idiopáticos. O presente trabalho relata um caso de granuloma eosinofílico em uma gata atendida no hospital Veterinário VetCare em Barueri/São Paulo, no mês de agosto de 2016. O tratamento da paciente foi realizado através de excisão cirúrgica, uso de glicocorticoides, antibióticos e controle de ectoparasitas, e até o dado momento a paciente não apresentou recidiva.
Cistite idiopática felina: Relato de caso
A cistite idiopática felina tem uma etiologia multifatorial e complexa. Ocorrem algumas semelhanças entre doença idiopática felina e cistite intersticial humana e ainda um provável envolvimento de fatores neurogênicos e estressantes na inflamação vesical. Através de um relato de caso de um felino, macho, SRD, de aproximadamente três anos de idade, atendido em maio de 2012 na Clínica Veterinária VETMASTERS, localizada em São Paulo, apresentando polaciúria e possível hematúria há três dias, o presente estudo também irá descrever as principais alterações clínicas, epidemiológicas e laboratoriais, diagnóstico e principais formas de tratamento da cistite intersticial em felinos.
Criptococose em Felinos: Relato de caso
A criptococose em Felinos é uma infecção fúngica bastante encontrada em gatos, por se tratar de um fungo oportunista, ocorre na maioria das vezes em animais imunosuprimidos. Tem caráter zoonótico e seu agente etiológico pode ser encontrado em excretas de aves, principalmente de pombos, o que torna esses animais importantes reservatórios da doença. Objetivou-se neste, relatar um caso de criptococose em um gato, diagnosticado por meio citologia e histopatologia. Após o diagnóstico foi instituído o tratamento com itraconazol, contudo não houve melhora clínica o que suscitou na indicação do uso de fluconazol, que logo após um mês de uso foi possível observar a regressão dos sinais clínicos ao longo do tratamento.
Alterações Hematológicas Decorrentes da Infecção pelo Vírus da Leucemia Felina
O vírus da leucemia felina (FeLV) foi descoberto há mais de 50 anos e desde então é considerado um patógeno importante para os gatos. O FeLV é um retrovírus altamente contagioso, transmitido pela saliva de gatos portadores, e é responsável por uma gama de síndromes clínicas.
Anemia, linfoma e imunossupressão são as alterações mais comumente atribuídas ao FeLV, porém várias outras alterações hematológicas podem ser observadas, as quais ocorrem por diversos mecanismo e portanto sua compreensão é importante para o melhor desfecho clínico dos pacientes.
Desta forma, esta breve revisão de literatura sobre o vírus da leucemia felina objetivou abordar a patogenia e tratamento das alterações hematológicas observadas em gatos infectados com este vírus.
Basicamente, a infecção por FeLV produz citopenias por diversos mecanismos.
Dentre as citopenias, a anemia é a mais comum e ocorre por efeito direto do vírus sobre os precursores das hemácias, por hemólise imunomediada, por supressão da medula óssea ou por imunossupressão que favorece a patogenicidade de outros micro-organismos, como os micoplasmas hemotrópicos. Linfopenia, neutropenia e trombocitopenia também podem ocorrer de forma isolada ou em conjunto na síndrome da pancitopenia por FeLV.
As neoplasias hematopoiéticas, doenças mieloproliferativas, incluindo as leucemias, podem causar síndromes de supressão da medula óssea e possuem um prognóstico ruim por não haver um tratamento antineoplásico eficiente.
O diagnóstico a infecção por FeLV deve ser obtido por teste de ELISA para a identificação do antígeno víral e pode ser confirmado pela PCR.
Não há tratamento antiviral disponível para este retrovírus, porém o tratamento de suporte quando instituído da forma adequada aumenta a probabilidade de recuperação dos gatos sintomáticos.
Hipercalcemia idiopática em gatos: Relato de caso
A hipercalcemia idiopática é uma doença cada vez mais diagnosticada como causa de aumento dos níveis calcêmicos da espécie felina, sendo atualmente considerada a principal causa de hipercalcemia em gatos. Cálcio total e ionizado devem ser mensurados no soro de gatos com manifestações inespecíficas (exemplo: vômito crônico) e/ou histórico de urolitíase ou mineralizações em órgãos. É importante que a mensuração seja realizada em animais com jejum alimentar de 12 horas, para não interferir nos níveis de cálcio. Caso seja detectada hipercalcemia, é recomendada realização de dosagem de PTH, PTHrp e Vitamina D, além de ultrassonografia abominal e radiografia torácica, para pesquisa de diferenciais, uma vez que a hipercalcemia idiopática é um diagnóstico de exclusão. O tratamento pode ter diversas vertentes, mas a literatura atualmente indica o uso de bisfosfonados, como o alendronato de sódio, como o tratamento de escolha. O seguinte trabalho descreve um caso de um gato de meia idade atendido com manifestações inespecíficas e histórico de urolitíase. Exames iniciais revelaram hipercalcemia total e ionizada. A pesquisa de diferenciais de hipercalcemia levou ao diagnóstico presuntivo de hipercalcemia idiopática. O animal recebeu tratamento com alendronato de sódio na dose inicial de 10 mg uma vez por semana. Posteriormente, a dose foi aumentada, pois apesar do decréscimo importante do valor de cálcio total e ionizado, ainda não se havia atingido o valor de referência para a espécie. Após o aumento de dose para 15 mg uma vez por semana, o animal apresentou efeitos colaterais de vômitos após ingestão do medicamento, levando interrupção do mesmo pela proprietária. Foi instituído então tratamento apenas com uso de dieta específica. Após a instituição da dieta, perdeu-se o acompanhamento do animal.
Hipertireoidismo Felino: Revisão de Literatura
O hipertireoidismo felino é uma das principais doenças endócrinas encontradas em gatos atualmente, porém ainda é muito subdiagnosticada em muitos países, incluindo o Brasil. É uma doença multissistêmica resultante da alta concentração de hormônios tireoidianos circulantes. Ainda não apresenta uma etiopatogenia esclarecida, mas suspeita-se de que fatores nutricionais, ambientais e genéticos estejam envolvidos. Apresenta como sinais clínicos mais marcantes a polifagia, emagrecimento e hiperatividade, além de vômito, diarreia e hipertensão. O diagnóstico precoce e a avaliação individual de cada animal contribuem para a escolha do tratamento mais adequado e obtenção de um melhor prognóstico.