Dermatite atópica felina: Revisão de literatura

Dermatite Atópica Felina: Revisão de Literatura

Monografia apresentada na Pós Graduação Veterinária em Clínica Médica de Felinos

A dermatite atópica é uma dermatite de hipersensibilidade causada por alérgenos ambientais de alta prevalência na clínica de felinos. Apesar de ser comparada à dermatite atópica canina em que o prurido é a principal característica da doença, no gato, a patogenia, assim como os sinais clínicos, são diferentes. Gatos com dermatite atópica normalmente apresentam uma das lesões padrão a seguir: dermatite miliar, dermatite eosinofílica, alopecia auto-induzida ou dermatite de cabeça e pescoço. Nenhuma dessas lesões padrão, porém, são patognomônicas da dermatite atópica e, portanto, o diagnóstico é baseado na exclusão de doenças semelhantes e no sucesso da resposta a determinada terapia. Para o tratamento dos gatos atópicos utiliza-se anti-histamínicos, ácidos graxos essenciais, glicocorticóides e, mais recentemente e com melhores resultados, a ciclosporina. Novos estudos estão sendo realizados para avaliar a eficácia do uso do oclacitinib em gatos, uma vez que ele apresenta resultados satisfatórios com poucos efeitos colaterais em cães.

Doença inflamatória intestinal crônica felina: Revisão de literatura

Doença Inflamatória Intestinal Crônica Felina: Revisão de Literatura

Monografia apresentada na Pós Graduação Veterinária em Clínica Médica de Felinos

A Doença Intestinal Inflamatória Crônica Felina é comumente diagnosticada, porém sua etiologia ainda não é totalmente compreendida. É caracterizada por sinais gastrintestinais inespecíficos, como diarreia, perda de peso, anorexia e, principalmente, vômito. Ocorre um infiltrado de células inflamatórias na mucosa e submucosa do intestino, sendo que o diagnóstico mais frequente em felinos é o de enterite ou colite linfoplasmocitária, dado o grande número de linfócitos e plasmócitos que invade a mucosa intestinal. É um diagnóstico de exclusão, devendo-se descartar todas as outras causas potenciais de êmese e/ou diarreia nos gatos.

O diagnóstico definitivo é somente confirmado por meio de histopatologia, obtido por meio de biópsia da mucosa intestinal, por endoscopia ou laparotomia. Para tanto, é fundamental a utilização das técnicas adequadas para coleta de amostras, além da presença de um patologista experiente. Deve-se ressaltar a dificuldade na diferenciação histológica entre DIIF e linfoma, principalmente quando em sua fase inicial. O tratamento deve associar a terapia farmacológica à dietética.

As drogas mais comumente utilizadas são as anti-inflamatórias e imunossupressoras, principalmente os corticoides. Já a terapia dietética depende da localização da lesão, e dietas hipoalergênicas ou com alto teor de fibras têm mostrado resultados muito favoráveis, assim como a suplementação parenteral de cobalamina. O prognóstico é bastante variável, e o proprietário deve ser informado de que a resposta terapêutica não significa a cura do animal, e que recidivas são comuns.

Desvio portossistêmico em felino: Relato de caso

Desvio portossistêmico em felino: Relato de caso

Monografia apresentada na Pós Graduação Veterinária em Clínica Médica de Felinos

Desvios portossistêmicos ou shunts portossistêmicos podem ser definidos como
comunicações venosas anormais que permitem que o sangue proveniente do sistema porta
entre na circulação venosa sistêmica sem realizar passagem hepática. São condições clínicas
pouco frequentes na clínica de felinos em comparação com os cães, sendo também de difícil
diagnóstico. Podem ser congênitos ou adquiridos, solitários ou múltiplos, além de intra ou
extra-hepáticos. Os sinais clínicos associados aos desvios portossistêmicos são variáveis e
inespecíficos, podendo ser intermitentes. Para a realização do diagnóstico devem ser
utilizados exames laboratoriais e de imagem, sendo os mais específicos e menos invasivos a
dosagem de ácidos biliares pré e pós prandial e a ultrassonografia abdominal com avaliação
vascular por doppler. O tratamento de eleição é cirúrgico para atenuação do vaso anômalo,
devendo ser realizado manejo clínico concomitante. O presente relato descreve o caso clínico
de um gato, raça persa, macho, 18 meses, com sinais clínicos de doença do trato urinário
inferior, evoluindo para quadro convulsivo por quadro compatível encefalopatia hepática 24
horas após realização de uretrostomia. Foi evidenciado aumento das concentrações de ácidos
biliares e localizado vaso anômalo extra-hepático através de ultrassonografia abdominal com
avaliação vascular por doppler. Paciente submetido a manejo clínico seguido de procedimento
cirúrgico, para atenuação do vaso anômalo com anel ameróide. Um procedimento cirúrgico
foi suficiente para obliteração total do vaso anômalo dentro de 45 dias de pós operatório,
sendo que o animal encontra-se em ótimo estado geral, sem recidivas do quadro passados 16
meses do procedimento.

Pênfigo foliáceo felino: Relato de caso

Pênfigo foliáceo felino: Relato de caso

Monografia apresentada na Pós Graduação Veterinária em Clínica Médica de Felinos

Pênfigo inclui-se dentre as dermatoses vesiculo bolhosas autoimunes de pele e mucosa, caracterizado pela produção de anticorpos direcionados contra estruturas responsáveis pela manutenção da adesão intercelular. As principais formas penfigosas compreendem: pênfigo foliáceo e vulgar, sendo o primeiro o mais comum entre cães e gatos. A patogênese da doença parece bem documentada em humanos e cães, e sugere-se que em felinos o comportamento seja similar. Há uma escassez de relatos sobre essa dermatopatia descritos em gatos, provavelmente pelo desconhecimento da ocorrência do quadro clínico ou, ainda à baixa notificação em congressos ou periódicos. Este trabalho tem por objetivo relatar um caso de um felino, raça Burmês, com diagnóstico de pênfigo foliáceo que apresentou boa resposta ao tratamento por meio do uso de anti-inflamatório esteroidal.

Otite média e interna em felinos: Relato de caso

Otite média e interna em felinos: Relato de caso

Monografia apresentada na Pós Graduação Veterinária em Clínica Médica de Felinos

A otite média é uma doença de ocorrência frequente, porém subdiagnosticada na
clínica médica veterinária. A literatura disponível sobre esta patologia na espécie felina é mais
escassa que a literatura sobre a espécie canina. Este trabalho tem por objetivo rever aspectos
relevantes da doença como etiopatogenia, sinais clínicos, diagnóstico e tratamento,
ressaltando as diferentes características dos felinos. O estudo foi realizado a partir do relato de
um caso de otite média e interna em um paciente felino, visando reforçar a importância do
exame clínico e observação dos sintomas bem como a realização de exames complementares
que auxiliem no diagnóstico da doença. A agilidade e precocidade do diagnóstico podem
determinar um bom prognóstico.

Cistite intersticial felina (CIF)

CISTITE INTERSTICIAL FELINA (CIF)

Monografia apresentada na Pós Graduação Veterinária em Clínica Médica de Felinos

O termo “cistite intersticial felina” foi proposto para descrever gatos com sinais de síndrome
urológica felina (SUF) idiopática.
Recentemente, uma pesquisa desafiou a visão convencional de que a bexiga é sempre o agente
da sindrome urológica felina, e sugere que também pode ser uma vítima de um processo
sistêmico associado a um sistema de resposta à sensibilidade do centro de estresse.A síndrome
é adicionalmente complicada pelo fato de que os sinais podem ser agudosou crônicos e tem
sido associados a várias combinações de anormalidades no trato urinário inferior, bem como
de outros sistemas como o trato gastrointestinal, sistema respiratório, pele, sistema nervoso
central, sistemacardiovascular e o sistema imune.Compreendendo melhor os sinais de
distúrbios subjacentes é possivel reduzir a sua prevalência. Além do tratamento com
medicações, atualmente, há recomendação de que asnecessidades ambientais do paciente
sejam concomitantemente atendidas, assim como a redução do estresse.

Linfoma multicêntrico com infiltração renal: Relato de caso

Linfoma multicêntrico com infiltração renal: Relato de caso

Monografia apresentada na Pós Graduação Veterinária em Clínica Médica de Felinos

O presente trabalho, tem como objetivo apresentar o Relato de Caso de um Felino Doméstico, sem raça definida- SRD, 8 anos de idade, FIV e FeLV negativos. Diagnosticado como portador de um Linfoma Mediastinal, que progrediu para um linfoma Multicêntrico com infiltração renal. Em outubro de 2015, foi tratado com quimioterapia combinada de Predinisolona e Clorambucil, com aparente remissão do quadro, em dezembro de 2015 a massa Mediastinal já não era mais visualizada. Porém, no final do referido mês, o quadro evolui para apatia, anorexia e perda de peso. Novos exames foram solicitados, sendo que ao exame ultrassonográfico observou-se a presença de halo hipoecogênico, sugestivo de Linfoma Renal. Após ser reavaliado, o paciente foi diagnosticado com a Linfoma Multicêntrico com infiltração Renal.

Melanomas orais em cães: Relato de caso

Melanomas orais em cães: Relato de caso

Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais

A cavidade oral é bastante acometida por neoplasias e, dentre elas, o melanoma é o tumor maligno mais comum.  Esta neoplasia afeta principalmente cães, sendo rara em gatos. O melanoma afeta animais de meia idade a idosos, não tem predileção por sexo e tem incidência maior em algumas raças como o cocker spaniel, poodle, pastor alemão e boxer.  Possuem, ainda, etiologia desconhecida e geralmente apresentam metástases locais, regionais e sistêmicas, pois são bastante agressivos. Os sinais clínicos são variados, e podem incluir: sialorreia, halitose, sangramentos orais e hiporexia. Os exames diagnósticos mais empregados incluem citologia, histologia e radiografias de tórax e cabeça. O diagnóstico definitivo é confirmado pelos exames histológicos. Devido ao caráter invasivo e da alta incidência de metástase, a cirurgia dificilmente é curativa. Por este motivo, os melanomas apresentam prognóstico considerado de reservado a ruim. Este trabalho visa apresentar um relato de caso e uma revisão de literatura abordando os melanomas orais em cães, com ênfase nas formas de diagnóstico e tratamento.  Por ser uma neoplasia de ocorrência frequente, mas de tratamento ineficaz, é importante que mais estudos sobre o tema sejam desenvolvidos. As pesquisas devem focar a etiologia da doença e a busca por terapias efetivas para que o maior conhecimento adquirido melhore o prognóstico da doença.

Pênfigo foliáceo em cão: Relato e estudo de caso

Pênfigo foliáceo em cão: Relato e estudo de caso

Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais

O pênfigo foliáceo é a doença autoimune mais comum em cães dentro do complexo pênfigo. O tratamento de escolha para as doenças autoimunes é uso de glicocorticoides associado ou não a azatioprina, dependendo da gravidade e da evolução dos sinais clínicos, sendo prescritos também antibióticos sistêmicos e tratamentos tópicos sempre que necessários. Em decorrência da alta taxa de efeitos adversos com o uso de imunossupressores, muitos cães evoluem mal clinicamente com o aparecimento de sinais sistêmicos graves, necessitando de outras terapias de suporte, internamento, e muitas vezes essas alterações diminuem significantemente a qualidade de vida dos cães ou levam seus responsáveis a optarem pela eutanásia. É de grande importância que no momento do diagnóstico seja esclarecido aos proprietários que a doença depende da participação dos responsáveis para que se tenha um sucesso no tratamento, tanto em relação à administração correta dos medicamentos quanto à rotina de retornos e realização de exames de acompanhamento. A paciente do relato foi diagnosticada com pênfigo foliáceo através de exame histopatológico e tratada com associação de glicocorticoide e azatioprina, respondeu bem inicialmente à terapia, mas evoluiu mal decorrente dos efeitos colaterais das medicações, evoluindo para óbito.

Doença do trato urinário inferior de felinos

Doença do trato urinário inferior de felinos

Monografia apresentada na Pós Graduação Veterinária em Clínica Médica de Felinos

Os gatos são muito acometidos pela doença do trato urinário inferior de felino (DTUIF), que é definida como um conjunto de desordem do trato urinário inferior. Dentre as patologias mais comuns da DTUIF a cistite idiopática e a obstrução uretral por urólitos ou plugs uretrais são as mais encontradas. Não existe um procedimento diagnóstico especifico para a DTUIF, o diagnóstico baseia-se no histórico e na anamnese, exame clínico e exames complementares. O tratamento é realizado com base na etiologia, nos sintomas e na prevenção. Essa revisão bibliográfica tem como objetivo descrever as causas, sintomas, diagnósticos e os diferentes tipos de tratamento das doenças do trato urinário inferior dos felinos.