Toxoplasmose humana e sua relação com alimentos e animais de companhia: Revisão de literatura
Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica de Pequenos Animais
A toxoplasmose humana caracteriza-se por uma infecção de grande importância em saúde pública. Esta doença pode provocar graves lesões sistêmicas, variando de sinais neurológicos, ósteo-musculares, respiratórios a oculares, dentre outros. O hábito alimentar de consumo de carnes e produtos de origem animal, crus ou mal cozidos tem grande importância na epidemiologia da toxoplasmose. Os alimentos vegetais contaminados com oocistos e os de origem animal, principalmente produtos suínos e ovinos com cistos, são os maiores responsáveis pela infecção humana. Além destes alimentos, estão envolvidos, o solo contaminado e roedores infectados, ingeridos parcial ou totalmente, como conseqüência dos hábitos carnívoros exercidos pelos animais. O Toxoplasma gondii, agente etiológico da toxoplasmose, tem o gato como hospedeiro definitivo, e o homem e outros animais como hospedeiros intermediários. Embora o gato elimine os oocistos (formas infectantes) por apenas 15 dias durante uma única vez em sua vida, quando primo-infectados com o Toxoplasma gondii, estes oocistos liberados no ambiente podem permanecer no solo por meses ou até anos em condições favoráveis de umidade, temperatura e incidência solar, podendo contaminar as mais variadas espécies animais. O objetivo desta revisão é salientar a necessidade dos hábitos de higiene com os alimentos, os quais estão em evidência na transmissão da toxoplasmose.